Objetivo
O bioma Cerrado situa-se no Aquífero Guarani, é uma extensa savana brasileira que se constitui enquanto o segundo bioma do país em extensão e o segundo maior sistema aquífero existente no planeta, e abriga riquezas de inestimável valor ecossistêmico e indispensáveis para a transgeracionalidade.
Abrangendo uma área de cerca de mais de 2.000.000 Km2, o bioma Cerrado apresenta grande diversidade de materiais rochosos do período geológico pré-cambriano, e é marcado por um quadro de esgotamento de recursos resultado da intensa pressão antrópica, a qual fez com que restasse uma parte ínfima da cobertura vegetal remanescente do original, e resultado da intensa pressão antrópica.
A sobrevivência do Cerrado depende de ações objetivas da sociedade e de políticas públicas inovadoras em meio ambiente, sem o que corre o risco de desaparecer em função da expansão agrícola, da cultura extensiva, da intensificação do plantio de desertos verdes, bem como do uso intensivo de defensivos e agroquímicos, muitos deles já proibidos há décadas por tratados internacionais, especial atenção para a Convenção de Estocolmo no início dos anos 70, e até hoje largamente utilizados em solo nacional. Predominam ainda em algumas regiões a mineração e destruição continuada das matas nativas.
O “Projeto Viva Cerrado” é uma linha de trabalho da AMEDI que visa envolver as pessoas em um processo sócio-educativo de interação com a natureza, e criar uma cultura de economicidade e de moderação das atividades humanas nos meios urbano e rural com vistas à salvaguarda dos ecossistemas.
O objeto principal do Viva Cerrado é a educomunicação ambiental com vistas ao desenvolvimento de eixos temáticos como solo, água, resíduos sólidos, saneamento básico e qualidade de vida. Para tanto a informação sobre o manejo adequado dos recursos naturais; sobre tecnologias limpas; a divulgação de materiais didáticos sobre boas práticas agrícolas e extrativas; o incentivo à participação cidadã através de associações e cooperativas; a capacitação de líderes comunitários, poder público e sociedade civil, de modo a abranger o leque temático rumo à eficiência da salvaguarda dos ecossistemas naturais, especialmente na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e com abrangência nacional.
“Acreditamos que a cidadania não é algo a ser ensinado, mas algo para o que as pessoas se sensibilizam, tornando-se conscientes, e a partir disto co-partícipes de um mundo melhor, para as presentes e futuras gerações..”
Ações:
- Gestão Integrada das Unidades de Conservação e Áreas Legalmente Protegidas;
- Combate ao chamado triângulo do fogo: calor, oxigênio e combustível (vegetação, no caso das queimadas) e dano ambiental associado;
- promover ações de recuperação e preservação do Cerrado, apoiando o extrativismo sustentável de seus recursos em prol de uma economia colaborativa junto as comunidades locais;
- Educação para o consumo responsável e coleta seletiva;
- Revitalização de margens, nascentes e rios;
- Apoio ao fortalecimento das raízes culturais e conhecimento tradicional associado;
- Incentivo ao uso de transporte alternativo, a ciclovias e integração entre meio ambiente urbano e rural;
- elaborar estudos para recuperação e ampliação de áreas protegidas, juntamente com órgãos e profissionais da área ambiental.